A UnB (Universidade de Brasília) surpreendeu ao divulgar a nova relação da primeira etapa do PAS (Programa de Avaliação Seriada), com canções como o rap “Vida Loka Parte II”, dos Racionais MC.
A Universidade justifica que quer provocar nos jovens reflexões sobre passado e futuro, apresentar a eles diferentes pontos de vista sobre a cultura brasileira e, em última instância, formar jovens mais tolerantes.
Na reformulação dos itens que podem ser contemplados nas questões da prova, também foram incluídas “Primavera”, de Vivaldi, e “Infortúnio”, de Arrigo Barnabé.
Camaro Amarelo é do cantor e compositor Marco Aurélio. Para ele, a avaliação da UnB comprova que muitos estão errados ao atacar o sertanejo universitário. "É o contrário, por exemplo, do que disse o Tico Santa Cruz (Detonautas) quando atacou a música dizendo que não precisava de Camaro Amarelo para arrumar mulher, mas só de cérebro".
O PAS é como um vestibular, aplicado ao final de cada ano do ensino médio aos estudantes que querem entrar na UnB. Ao fim das três etapas, a notas são somadas.
Veja a lista completa:
Textos:
Substituição de “O Discurso da Servidão Voluntária” (La Boettie) por “O Príncipe” (Maquiavel);
Inclusão da obra “A Apologia de Sócrates” (Platão);
Substituição da obra “Cartas Chilenas” por “Marília de Dirceu” (Tomas Antonio Gonzaga);
Substituição de “A Alma Encantadora das Ruas” (João do Rio) por “Seleção de poemas de Gregório de Matos”;
Inclusão dos artigos da Revista Darcy: nº 7 ago/set/2011 “Dossiê O que resta do Plano?” e “Jovens que evaporam”;
Inclusão do artigo de Carlos Haag “Nos ombros de gigantes mágicos”, da Revista Pesquisa FAPESP, edição especial maio/2012;
Teatro:
Substituição de “A Pele do Lobo” (Artur de Azevedo) por “Antígona” (Sófocles);
Música:
Substituição de “Bachiana 4” por “Chorus 10 – Rasga Coração” (Villa-Lobos);
Substituição de “Carmen” (Bizet) por “Carmina Burana” (Carl Orff) “O Fortunna”; “Solo Soprano” e “Solo Barítono”;
Exclusão da obra musical de Hildegard Von Bingen;
Exclusão da obra musical “Sadnnes”, de Enigma;
Exclusão da obra musical “Sweeet Lullaby”;
Inclusão da obra musical “Primavera”, de Vivaldi;
Exclusão de NX Zero: “Daqui pra frente” e “Cedo ou tarde”;
Exclusão da obra musical “Pro dia nascer feliz”, Cazuza;
Exclusão da obra musical “Músicas de índios brasileiros”- “Marlui Miranda”;
Exclusão da obra musical “Olhos coloridos”, de Macau, com Sandra de Sá e Funk como le gusta;
Inclusão da obra musical “Vida Loka parte II”, de Racionais MC;
Inclusão de “Camaro Amarelo”, de Munhoz e Mariano;
Inclusão da obra musical “Cuitelinho” (domínio público), na versão de Pena Branca e Xavantinho;
Inclusão das manifestações culturais populares dos festejos de “Congada” e “Catira” do Centro-Oeste;
Inclusão da obra musical “Infortúnio”, de Arrigo Barnabé;
Exclusão das músicas “Eu nasci há dez mil anos atrás” (Raul Seixas) na versão Móveis Coloniais, e “Eu nasci com fama” (Móveis Coloniais de Acaju);
Exclusão da obra “A violeira”, de Chico Buarque, na versão de Mônica Salmaso;
Substituição na “Ópera do Malandro” de “O casamento dos pequenos burgueses”, “Hino de Duran”, “Se eu fosse o teu patrão ou Tango do covil”, “Ópera”, por “Uma canção desnaturada”, “Palavra de mulher”, “Aquela mulher”, e “Las muchachas de Copacabana”;
Artes Visuais:
Exclusão da obra “Vacas”, de Artes Visuais;
Exclusão da obra “Estátua de Carlos Drummond de Andrade”;
Exclusão da obra “grafites” (Os Gêmeos);
Exclusão da obra “pinturas rupestres”;
Exclusão da obra “A Velha” – 1513;
Exclusão da obra “Moça com brinco de pérolas”;
Substituição das obras “Meteoro” e “Condor” pela obra “Os Guerreiros” (Os Candangos), de Bruno Giorgi;
Exclusão da obra “Pelourinho”;
Exclusão da obra “Stonehenge”;
Exclusão da obra “O Beijo”, de Waldemar Cordeiro;
Substituir a obra “O Acampamento dos Sem Terra”, de Sebastião Salgado, pela série “Crianças de açúcar”, de Vik Muniz;
Inclusão das obras “Dança dos Tarairiu”(Tapuias) – s/d e “Servo de Dom Miguel de Castro com Cesto Decorado” – s/d, de Albert Van Eckhout (1610-1666).
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