A fã gaúcha Aline mostra tatuagem em homenagem aos Beatles em frente ao estádio Serra Dourada Foto: Mirelle Irene / Especial para Terra
A fã gaúcha Aline mostra tatuagem em homenagem aos Beatles em frente ao estádio Serra Dourada
Foto: Mirelle Irene / Especial para Terra
  • Direto de Goiânia     TERRA
A apresentação do show Out There, de Paul McCartney, em Goiânia, na noite desta segunda-feira  (06), é cercada de grande expectativa. Pudera: é a primeira vez que o eterno Beatle se apresenta na cidade. A organização tem expectativa de receber no estádio Serra Dourada, onde o show será realizado, cerca de 45 mil pessoas, algumas vindas dos mais variados cantos do País para prestigiar o momento, considerado por muitos como histórico. Na porta do Castro´s Hotel, onde Paul se hospeda na suíte presidencial, por exemplo, a concentração de fãs já era notada desde o fim de semana.
Os músicos Vinicius Amstalden, 24, e Rafael Dentini, 23, seguem este caso: os dois viajaram de Campinas à capital de Goiás - mais de 800 km - apenas para ver o Beatle, expectativa que têm desde a chagada à cidade, quando se postaram na frente do hotel na esperança de vê-lo um pouco mais de perto.
“Vai que consigo uma foto dele aqui”, torcia Vinícius, também esperançoso com a possibilidade de ver Paul tocando músicas nunca antes executadas por ele em shows, como aconteceu em Belo Horizonte, no último sábado (4). “Paul e Beatles são minha vida. Torço para que ele toqueSilly Love Songs (que apresentava ao vivo nos tempos de Wings).”
Em frente ao hotel, as irmãs Amanda, 14 anos, e Bárbara Cavalcante, 20, também aguardavam Paul. As duas viajaram com os pais de Brasília, a mais de 200 km de Goiânia, apenas para prestigiar o eterno Beatle. “Crescemos ouvindo as canções dele. Nós o amamos. Para vê-lo, vale qualquer sacrifício”, diz a mais velha.
Também no estádio
Mas não é só no hotel que a expectativa era grande. Desde a madrugada desta segunda-feira, fãs de McCartney se concentravam nas imediações do Serra Dourada a fim de garantir na fila o melhor lugar possível para o show. 
Alguns passaram a noite no estacionamento do estádio, acampados em barracas; outros improvisaram outras formas de estada. Todos, porém, compartilhavam a animação de ver o Beatle - principalmente depois das notícias do surpreendente repertório do show de Belo Horizonte.
A estudante goianiense Ana Terra, 17 anos, era uma das mais exaltadas sobre a importância do evento, classificado por ela como um marco para sua cidade. "Ele é pura história do rock", comemorava.
"Espero muita música nova, que ele nunca tinha tocado, como aconteceu em BH", concordou a jornalista Carina, 22.
Fã das antigas, a dentista gaúcha Aline Casa, 28, leva consigo até um trecho da letra do hit Let it Be gravado no corpo para provar seu entustiasmo por Paul. "Acho que vou chorar no show inteiro", brincou ela, que planejava conseguir um autógrafo do ídolo para também eternizá-lo na pele em forma de tatuagem. 
A estudante Glória Ribeiro, 29, enfrentou 21 horas de viagem de Curitiba a Goiânia para conseguir um bom lugar na fila, onde chegou as 6h30. Mas não demonstrava arrependimento, tampouco cansaço no local. “Vale a pena, é o Paul. E ele veio de mais longe que eu para tocar para a gente”, disse ela, fã da música Live and Let Die.
Os portões para o show de Paul McCartney tinham previsão de serem abertos ao público às 17h30. A apresentação está marcada para as 21h.
A Secretaria Municipal de Trânsito deve interditar as principais vias próximas ao Serra Dourada, para facilitar o deslocamento do público ao local do show. O policiamento também foi reforçado: serão 400 PMs trabalhando no estádio e em seus arredores.